Por leonardo.rocha

África - Mais de 1.900 pessoas morreram devido ao vírus ebola, segundo novo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a epidemia que atinge a África Ocidental. “De acordo com o último balanço desta semana, temos conhecimento de 3.500 casos (de infeção) confirmados em Guiné-Conacri, Serra Leoa e na Libéria, com mais de 1.900 mortes”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, nesta quarta-feira.

Médico demonstra como usar equipamento de proteção para equipe de unidade de isolamento em hospital para vítimas de ebola na África OcidentalReuters


Ela revelou, em Washington, que “a epidemia está crescendo”. Os números divulgados hoje mostram forte aumento da mortalidade, depois de, na semana passada, a organização ter notificado 1.552 mortes em 3.069 infectados. O número de mortes provocadas pela epidemia - sem precedente, desde a aparição do vírus, em 1976, no antigo Zaire, hoje Congo - ultrapassou a totalidade de vítimas mortais de todos os surtos anteriores.

Em coletiva de imprensa, Margaret Chan demonstrou otimismo quanto à possibilidade de a ciência neutralizar a transmissão do vírus ebola a médio prazo, graças à mobilização internacional. “Com uma resposta internacional coordenada, a mobilização de fundos e a vinda de especialistas técnicos, esperamos travar toda a transmissão entre seis a nove meses”, disse.

Ela explicou que nos países em que o surto é mais intenso (Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa), a OMS “quer reverter a tendência de infeção em três meses”. Quanto ao Senegal e à República Democrática do Congo, onde já se registaram casos isolados de ebola, “pretendemos parar a transmissão localizada em oito semanas”, precisou Chan.

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