Por felipe.martins

Rio - Entrar na menopausa faz parte do ciclo natural de qualquer mulher. Mas lidar com os sintomas no ambiente de trabalho é um desafio. Pesquisa feita nos Estados Unidos, que retrata a situação de todos os países, mostra que praticamente a metade das trabalhadoras (48%) enfrenta dificuldades para administrar, durante o expediente, as mudanças no corpo. As faltas de informação e de preparação física e psicológica ainda são as maiores inimigas do público feminino.

Cerca de 32% já tentaram esconder que estavam na menopausa no escritório. E 69% não se sentem à vontade para conversar com os chefes — preferem (59%) se abrir com colegas. Entre as que decidiram dividir suas angústias, 54% tiveram boa experiência: os demais funcionários se solidarizaram.

Alterações de memória e concentração, os ‘calores’ e o cansaço, resultado de distúrbios do sono, são os sintomas que mais as incomodam, apontam os dados da pesquisa ‘Menopause at Work’, do Instituto Working Mother Media, feita a pedido do laboratório Pfizer.

Mudanças no corpo alteram vida profissional. Clique na imagem para ver as informações por completoArte O Dia

Para Maria Augusta Bernardini, ginecologista e gerente médica da Pfizer, as mulheres devem encarar a menopausa como uma fase natural. Conversar com o chefe pode ser o caminho. Entre as americanas, 22% conseguiram modificar a carga horária. Mas 12% deixaram de fazer algum trabalho mais difícil ou perderam uma promoção.

“Perceber em que isso está influenciando sua qualidade de vida e sua produtividade, e procurar um tratamento são atitudes recomendadas”, aconselha a médica. </CW><CW-30>Especialista em Gestão de Pessoas, Janaína Ferreira concorda. Para ela, a menopausa é transitória e não deve ser tratada como algo ‘especial’ no trabalho, e sim como qualquer período diferente que alguém enfrenta. “Pessoas passam por situações na vida em que precisam do altruísmo dos colegas.” 

Segundo outro estudo, realizado no Brasil, também a pedido da Pfizer, 46% das brasileiras afirmaram que, ao chegarem à menopausa, se sentiram diferentes, e 36% acham que se tornaram velhas. “As mulheres desinformadas sofrem mais com os sintomas, têm dificuldade para se adaptar e procuram o médico de maneira mais preocupada”, diz Maria Augusta. Com o aumento da expectativa de vida, isso precisa mudar, explica, já que a tendência é que a população feminina passe boa parte da vida na menopausa.

Dieta balanceada ajuda a controlar o peso e as ondas de calor. Entre os tratamentos, há a reposição hormonal e os fitoterápicos. Consultar um ginecologista é indispensável.

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