Por bferreira

Rio - Após o anúncio feito dia 10 pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de que as forças do país irão “destruir” a organização terrorista Estado Islâmico (EI), a Alemanha anunciou ontem a proibição de atividades de apoio ou promoção do grupo em seu território. E a Austrália, assim como já fizera o Reino Unido, aumentou o policiamento em pontos estratégicos, com receio de atentados.

O decreto publicado na Alemanha estabelece que cidadãos que exibirem a bandeira ou qualquer outro símbolo do EI, em público ou pela internet, vão ser processados. Segundo o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, o grupo representa uma “ameaça à segurança pública na Alemanha”.

Agências de segurança estimam que 400 cidadãos do país já se juntaram ao EI e organizações similares, e que a proibição da propaganda pode diminiuir o interesse pelas atividades destes grupos.

A Austrália elevou o nível de ameaça terrorista de médio para para alto ontem. O premiê, Tony Abbott, afirmou não ter conhecimento de um plano de ataque específico. “Isso não significa que um ataque terrorista é iminente. Nós não temos nenhuma informação de planos específicos. O que nós temos é que, segundo o serviço de inteligência, há pessoas com a intenção e capacidade para montar ataques aqui na Austrália”, disse.

O premiê acrescentou que a decisão foi tomada pelo aumento do número de australianos que lutam junto ao EI na Síria e no Iraque ou ainda que ajudam o grupo financeiramente ou recrutando militantes. Segundo ele, haverá “mais segurança nos aeroportos, portos, bases militares, prédios do governo e eventos públicos”.

O EI já tomou o poder em áreas do norte do Iraque e do leste da Síria, onde proclamou um califado. O avanço é feito com extrema violência, que inclui decapitações, execuções a tiros e até crucificações de quem resiste.

Cristãos e integrantes minorias religiosas são barbaramente reprimidos. Há semanas, dois jornalistas americanos foram decapitados e suas mortes, exibidas em vídeos na internet.

Presos talibãs que atiraram em jovem

O exército do Paquistão anunciou ontem a prisão dos 10 insurgentes islâmicos que tentaram matar a estudante paquistanesa Malala Yousafzai, em 2012, quando ela tinha 16 anos. Os talibãs atiraram na cabeça da jovem quando ela ia para o colégio.

Ela sobreviveu, ganhou um prêmio de direitos humanos da União Europeia e foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz no ano passado. Hoje, Malala é considerada um símbolo da luta pelo direito das meninas de frequentarem escolas. Militantes do Talibã paquistanês assumiram o ataque à Malala por sua defesa do direito das mulheres à educação, mas até agora ninguém havia sido preso. Duas outras alunas ficaram feridas no mesmo ataque.

Morando na Grã-Bretanha desde então, Malala não pode retornar à sua terra natal por causa das ameaças do Talibã de matá-la e a seus familiares.

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