Por vinicius.amparo

Venezuela - Mais de 30 pessoas foram detidas nas últimas horas na Venezuela, em protestos contra o governo venezuelano nas cidades de Caracas e Barquisimeto, cerca de 370 quilômetros a oeste da capital.

Em Barquisimeto, um grupo de pessoas foi detido quando promovia violentas barricadas. O protesto foi classificado de sem razões pelo presidente Nicolás Maduro, que prometeu tolerância zero aos atos de violência.

“Numa cidade do ocidente do país, saíram como loucos, sem razões [para as ruas], para queimar e destruir. Dei uma ordem, usando todos os mecanismos constitucionais e em pleno respeito pelos direitos humanos. Pedi para que fossem capturados”, disse o presidente.

“Assim será em todo o país. Meu pulso não vai tremer para levar paz e justiça, que é o que o povo quer. Ordem, paz, justiça, educação e direitos sociais para o povo”, acrescentou Maduro, durante ato do Partido Socialista Unido da Venezuela. Destacou que o grupo de manifestantes está atrás das grades.

Segundo o chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Venezuelanas, Vladimir Padrimo López, 11 pessoas foram detidas em Barquisimeto. Em Caracas, oficiais da Guarda Nacional Bolivariana dispersaram manifestantes que tentavam bloquear uma avenida na zona leste, em protesto contra as políticas governamentais.

Conforme o diretor do Foro Penal Venezuelano, Alfredo Romero, a maioria dos detidos é estudante. Os presos foram levados para o Forte de Tiuna, a principal base militar de Caracas.

Fontes não oficiais revelam a ocorrência de protestos contra a instalação de um sistema de controle biométrico para regular compras em supermercados. Essas manifestações ocorreram em Barinas, estado onde nasceu o falecido líder socialista e ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, 560 quilômetros a sudoeste de Caracas.

Em Táchira, a 840 quilômetros a sudoeste da capital, dezenas de estudantes da Universidade Nacional Experimental criticaram a detenção de dois membros da organização não governamental Operação Liberdade Internacional e a decisão do governo venezuelano de prolongar por mais três meses o fechamento noturno da fronteira com a Colômbia.

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