Por paulo.lima

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu aos americanos, neste sábado, que evitem o pânico pelo Ebola. Obama também rejeitou a ideia de impor restrições em voos de países africanos afetados pelo vírus, explicando que tais proibições poderiam agravar a situação. Esta semana alguns deputados pediram a Obama que proíba a entrada nos Estados Unidos de passageiros vindos da Libéria, Serra Leoa e Guiné.

O presidente Barack Obama pediu calma aos americanos sobre possível surto de EbolaReuters


O presidente americano disse que não se opõe, em princípio, ao conceito de proibir os vôos, mas em sua conferência semanal deixou claro que ele não está disposto a implementá-lo. "Não podemos nos isolar da África Ocidental", disse Obama, explicando que a medida complicaria a circulação de trabalhadores de saúde e o envio de suprimentos para a área, e empurraria as pessoas a tentar escapar desses países para evitar os controles, dificultando a identificação dos casos.

"Isolar toda uma região do mundo - se isso fosse possível - poderia piorar a situação, na verdade", disse o presidente. Obama comentou que a luta contra o vírus leva tempo, advertindo que "até o fim poderemos ver mais casos isolados nos Estados Unidos."

Apesar dos casos confirmados, o líder democrata tentou colocar a doença em perspectiva, lembrando que houve apenas três casos diagnosticados no país e a doença não é facilmente transmitida. "O que estamos vendo não é um 'surto' ou uma 'epidemia' de Ebola nos Estados Unidos", destacou. "É uma doença grave, mas não podemos nos entregar à histeria ou ao medo."

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