Por paulo.lima

Ferguson, EUA - Darren Wilson, o policial que matou Michael Brown em Ferguson, no estado do Missouri, há dois meses, disse ter temido por sua vida porque o jovem tentou tomar sua arma, publicou neste sábado o "New York Times ". O incidente desencadeou vários dias de protestos contra a polícia e fortes distúrbios na cidade, que evidenciaram as tensões entre a comunidade negra e as forças da ordem.

De acordo com o jornal, que cita fontes do governo, o policial afirmou às autoridades que investigam o caso que, após mandar Brown e um amigo pararem porque estavam caminhando na rua, o jovem avançou sobre ele dentro da patrulha e tentou tomar sua pistola. Wilson disse ter recebido socos e sofrido arranhões, antes de atirar.

a morte do jovem negro desencadeou uma série de protestos na cidadeReuters


Segundo o laudo legal, foram dados dois tiros no interior do veículo, com a primeira bala alcançando Brown em um braço e a segunda para o ar. Os investigadores encontraram sangue do jovem tanto na pistola como no uniforme de Wilson, o que indica que realmente houve o enfrentamento relatado pelo policial.

Sua versão, no entanto, não explica porque logo depois o policial saiu do veículo e disparou várias vezes contra o jovem, que estava desarmado. E ainda contradiz vários dos relatos feitos por testemunhas, entre eles, o do outro jovem que estava com Brown. Segundo algumas testemunhas, o policial disparou repetidamente no jovem de 18 anos enquanto ele estava com as mãos para o alto, parecendo estar se rendendo, enquanto outros garantem que Brown avançava contra Wilson quando ele começou a disparar.

O Departamento de Justiça abriu uma investigação para esclarecer as circunstâncias da execução de Brown e para conhecer melhor as práticas dentro da polícia local de Ferguson. A morte de um jovem negro por um policial branco com versões discrepantes entre agentes e testemunhas provocou semanas de fortes distúrbios em Ferguson.

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