Por bferreira

Libéria - Centenas de pessoas com suspeita de estarem contaminadas pelo ebola desapareceram dos registros de hospitais na Libéria, um dos três países africanos em epidemia. Amigos e familiares não conseguem acesso às informações sobre a situação dos pacientes, segundo o ‘Washington Post’. A má notícia foi divulgada um dia depois de a Organização Mundial de Saúde ter declarado extinta a epidemia na Nigéria e no Senegal.

Na Libéria, há casos em que os hospitais sequer sabem se o paciente deu entrada ou não. Em situações mais graves, vítimas fatais são cremadas sem aviso às famílias. A falta de informação é um dos principais agravantes da crise no país, onde 70% dos contaminados morrem: 2.500 vítimas fatais foram registradas no país, que é o mais atingido pela epidemia.

Em Serra Leoa, outro país em epidemia, autoridades impuseram ontem toque de recolher na cidade de Koidu, depois que discussão entre jovens e a polícia sobre um caso suspeito de ebola se transformou em tiroteio e tumulto. Testemunhas viram pelo menos dois corpos com ferimentos de bala.

Serra Leoa, Libéria e Guiné são os três países mais afetados pela epidemia, que já matou 4.546 pessoas dentre 9.191 casos desde março.

VACINA SERÁ TESTADA

A boa notícia de ontem sobre o ebola é que a OMS começa no mês que vem os testes clínicos de uma das duas vacinas em estudo. O teste será feito em Lausanne (Suíça). Dezenas de milhares de pessoas na África Ocidental devem começar a receber vacinas experimentais até janeiro.

Na Espanha, a enfermeira Teresa Romero, primeiro caso de infecção por ebola fora da África, já não tem mais a doença, segundo exames.

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