Washington - O cirurgião Martin Salia, de 44 anos, morreu, nesta segunda-feira, no Centro Médico de Nebraska, nos Estados Unidos, onde estava internado desde sábado. Morador de Maryland, Salia contraiu o vírus enquanto trabalhava em um hospital de Freetown, em Serra Leoa, país africano onde nasceu.
“Informamos com imenso pesar que o terceiro paciente que tratamos por ebola, o doutor Martin Salia, morreu devido aos sintomas muito avançados da doença”, informou o centro médico que, nesta sexta-feira, anunciou que o estado clínico do cirurgião era grave.

Salia foi o primeiro cidadão de Serra Leoa infectado pelo ebola a ser repatriado para os EUA, onde outras nove pessoas já recebem tratamento. A maioria contraiu a doença em países africanos. “Apesar dos esforços, a doença estava em estágio avançado para que o médico pudesse ser salvo", lamentou o hospital, especialmente equipado para o tratamento de doentes afetados pelo vírus.
O diretor da instituição, Phil Smith, informou que Martin Salia sofria de deficiência renal e respiratória quando chegou aos Estados Unidos. Além de ser submetido a diálise e de contar com auxílio de equipamentos para respirar, o médico recebeu plasma de um doador que se curou da doença e um soro experimental ainda não testado em ensaios clínicos.
Mesmo assim, seu organismo não conseguiu combater o vírus. “Utilizamos os tratamentos disponíveis para garantir todas as hipóteses de sobrevivência ao doutor Salia”, acrescentou o diretor da unidade especializada do hospital, Phil Smith.
Com informações da Agência Brasil