Por karilayn.areias
Montevidéu - O Pentágono deu ontem mais um passo em direção ao fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba. Seis homens detidos por mais de uma década na penitenciária norte-americana foram enviados para o Uruguai. Segundo a agência Associated Press, os quatro sírios, um tunisiano e um palestino serão libertados e terão status de refugiados.
Os seis prisioneiros estão no Hospital Militar%2C em MontevidéuEfe

Com a transferência, o total de presos em Guantánamo chega a 136, número mais baixo desde janeiro de 2002, quando a prisão foi aberta. Ao assumir o cargo há quase seis anos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu fechar a prisão, com a justificativa dos seus danos à imagem do país em todo o mundo. No entanto, ele não foi capaz de colocar seus planos em prática, em parte por causa dos obstáculos colocados pelo Congresso dos EUA.

A negociação com o Uruguai para a transferência começou em janeiro deste ano, mas a viagem foi adiada para este domingo devido às recentes eleições presidenciais no país. José Mujica, presidente do Uruguai, afirmou que iria recebê-los como um gesto humanitário, desde que os presos fossem autorizados a viver livremente no país.
Todos os seis transferidos foram detidos como suspeitos de ligações com a Al-Qaeda, mas nunca foram acusados. Em 2010, eles foram liberados, mas não podiam ser enviados para os países de origem por motivos de segurança — e os EUA os mantiveram presos até achar um país disposto a recebê-los.

“Somos gratos ao Uruguai por essa importante ação humanitária, e ao presidente Mujica pela sua forte liderança ao oferecer casa aos indivíduos que não podem voltar para seus países de origem”, disse o enviado do Departamento de Estado americano, Clifford Sloan.
Publicidade