Por paulo.lima
Austrália - O atirador Man Haron Monis, que manteve 17 pessoas reféns em um café em Sydney, na Austrália, por mais de 16 horas e foi morto pela polícia, era uma figura conhecida pela mídia australiana e pelos policiais locais. Nascido em Manteghi Bourjerdi, no Iran, o extremista se mudou para Austrália em 1996 e adotou diversos nomes antes de se auto proclamar Sheik Haron Monis.
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Sua primeira aparição na mídia foi em 2009, quando foi preso após enviar cartas de ódio para os familiares de soldados australianos mortos na guerra do Afeganistão, chamando as crianças dos militares de 'nazistas'. Ele foi condenado a 300 horas de trabalho comunitário em 2013.
O atirador iraniano Man Haron Monis estava envolvido em diversos crimes desde 2009Efe


Em novembro do ano passado, Haron Monis foi acusado de participar do assassinato de sua ex-esposa Noleen Hayson Pal. O corpo da mulher foi encontrado com marcas de facada e profundamente queimado em um apartamento.

No mesmo mês, Monis, que era conhecido por ser um muçulmano xiita, se tornou um sunita, após colocar em seu website frases criticando as práticas xiitas e declarando apoio ao líder do Estado Islâmico Abu Bakr al-Baghdadi.
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Em abril deste ano, Monis estava em julgamento na corte australiana por sete denúncias de abuso sexual. Em outubro, surgiram outras 40 denúncias de mulheres que sofreram abusos sexuais pelo 'sheik'.
De acordo com suas vítimas, o iraniano dizia que era especialista em astrologia, numerologia, meditação e magia negra, mas usava seu encontro com as mulheres para abusá-las sexualmente, alegando que esta prática era a chave para a 'cura espiritual'. De acordo com uma rede de notícias local, 'O Irmão', como o próprio iraniano se proclamava, estava sob liberdade condicional.