Por tamara.coimbra
Malásia - As autoridades da Malásia declararam nesta quinta-feira que o desaparecimento do avião do voo MH370 da Malaysia Airlines no dia 8 de março do ano passado foi causado por um acidente. Na ocasião, 239 pessoas que estavam a bordo teriam morrido.
O diretor-geral de Aviação Civil, Azharuddin Abdul Rahman, qualificou como "altamente improvável" a possibilidade de encontrar sobreviventes após 327 dias e considerando as condições da região do oceano Índico onde se estima que o avião caiu.
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"É com a mais profunda dor no coração que em nome do governo da Malásia declaramos o voo MH370 de Malaysia Airlines um acidente", disse Azharuddin em mensagem transmitida pelo canal "RTM".
Uma mãe mostra um cartaz com a foto de seu filho durante um protesto exigindo que o governo da Malásia continue com as buscasReuters

A declaração oficial como acidente permitirá aos familiares das vítimas iniciar o processo para pedir indenizações, que deverão ser assumidas pela companhia aérea.

O diretor-geral disse que a busca dos destroços do avião "continua sendo uma prioridade" e será mantida no Sul do oceano Índico, onde os especialistas calculam que o avião caiu, com a colaboração da China e Austrália. Azharuddin afirmou ainda que a polícia malásia segue realizando uma investigação criminal sobre o caso e que representantes de sete países realiza um estudo sobre questões de segurança.
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O avião da Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, 153 delas chinesas, após mudar de rumo em uma "ação deliberada", segundo os especialistas, apenas 40 minutos após ter decolado de Kuala Lumpur com direção a Pequim. Desde essa data se desconhece seu paradeiro e não foram encontrados os destroços da fuselagem.
As equipes de resgate seguem a busca submarina em uma zona do oceano Índico de 60 mil quilômetros quadrados situada ao longo de um arco que se estende em frente à costa ocidental da Austrália.
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Familiares de vítimas rejeitam indenizações e querem 'a verdade'
Os familiares das vítimas chinesas do voo MH370 da Malaysia Airlines rejeitam receber a compensação que lhes oferece a companhia aérea pelo acidente.
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"Não aceitamos sua conclusão. Que evidências têm para concluir que foi um acidente? Devem continuar investigando. Queremos a verdade", afirmou em declarações à Agência Efe Steven Wang, que atua como porta-voz do grupo de familiares dos passageiros chineses que embarcaram no voo MH370, no total, 153 pessoas.
As famílias chinesas não planejam, por enquanto, realizar nenhum ato de protesto, depois que as autoridades restringiram a manifestação pública de suas denúncias nas últimas ocasiões.