Por victor.duarte
Venezuela - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mandou prender um grupo de donos de lojas no país, acusando-o de se associar à oposição para tentar derrubar seu governo. Segundo o sucessor do falecido líder Hugo Chávez, os comerciantes teriam diminuído o número de funcionários que trabalham nos caixas de seus estabelecimentos, com a intenção de criar filas e “irritar o povo”.
A escassez crônica de vários produtos tem provocado filas gigantes em mercados e farmácias do paísBanco de imagens

Jornais locais informaram que o alvo da ação policial determinada por Maduro foi a rede Famartodo — que vende produtos de saúde e beleza. “Descobrimos que uma famosa cadeia de lojas estava conspirando, irritando as pessoas. Viemos, normalizamos as vendas, intimamos os proprietários e eles estão presos por ter provocado o povo”, afirmou o governante.

A escassez crônica de produtos básicos, como papel higiênico, farinha, frango e fraldas, entre outros, tem provocado filas gigantescas. Economistas consultados pela imprensa vêm afirmando que o problema é do rígido controle cambial da Venezuela, que restringe dólares para importações, e da queda da produção interna. Maduro, porém, diz que se trata de “guerra econômica” da “elite” contra seu governo.

Venezuela prende lojistas acusados de criar filas, diz MaduroEfe

"Nós detectamos que uma famosa rede de lojas estava conspirando, irritando as pessoas", disse Maduro a uma plateia de apoiadores e soldados. "Nós chegamos, normalizamos as vendas, convocamos os proprietários e agora eles estão presos por terem provocado as pessoas", disse o presidente, sob aplausos, acrescentando que o governo vai assumir o comando dos mercados.

A rede Farmatodo emitiu um nota afirmando que seu departamento jurídico está tomando conta do caso. Informou, ainda, que os executivos da empresa foram chamados para depor no Serviço Bolivariano de Inteligência. Até a noite desta segunda-feira, segundo as agências de notícias, o presidente da Farmatodo, Pedro Luis Angarita, o gerente de Relações Institucionais da cadeia, Gonzalo Azuaje, e um outro gerente permaneciam detidos.

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