Por bferreira

Rio - Não é só para manter o corpo dos tempos de juventude que homens na faixa dos 40 anos devem seguir fazendo exercícios. Estudo da Universidade de Vermont, Estados Unidos, que acompanha ‘quarentões’ desde a década de 1970, determinou que a prática de atividade física reduz em cerca de 50% o risco de câncer de pulmão e de intestino grosso.

A pesquisa norte-americana apontou queda de 55% e 44% na ocorrência de cânceres pulmonar e colorretal, respectivamente, nos homens que se exercitam.

Segundo Ronaldo Corrêa, da área de prevenção do câncer das Clínicas Oncológicas Integradas, a perda de gordura que caminhadas e esportes trazem é a causa da diminuição do risco. “As células de gordura são o alimento de hormônios relacionados ao surgimento do câncer. Quanto mais gordura no corpo, mais chance da pessoa ter câncer”, diz.

Os exercícios também geram um benefício extra em relação ao intestino grosso, afirma o médico. “A atividade física estimula o funcionamento do órgão e, se ele trabalhar, bem o risco de aparecimento da doença cai”, garante.

Mas Corrêa alerta que os famosos ‘atletas de final de semana’ estão fora dessa conta. “A atividade física mais indicada para a casa dos 40, 50 anos deve ser de intensidade mediana, mas frequência alta, entre quatro e cinco por vezes por semana”.

Se os homens de meia-idade são o foco do estudo de Vermont, o especialista estende os benefícios da atividade física regular para as mulheres. Ele também aconselha que a prática de exercícios comece na infância e se prolongue até a vida adulta, sem interrupções. “Quanto antes começar, melhor. Manter hábitos saudáveis é o principal redutor dos prognósticos de câncer”, diz.

Menos morte entre doentes

Os pesquisadores da Universidade de Vermont também descobriram que a atividade física é uma importante aliada do homem que recebe um diagnóstico de câncer e mesmo após a conclusão do seu tratamento da doença.

O estudo determinou redução de 32% nos casos de mortes relacionados ao câncer entre aqueles que fazem exercícios. Além disso, a morte por problemas cardíacos depois do tratamento caiu 68% entre os homens ativos.

“Quem faz atividade física regular tem um prognóstico melhor se tiver a doença. Esse grupo é capaz de tolerar melhor a quimioterapia, sofre menos com os efeitos colaterais e, no fim das contas, morre menos”, explica Ronaldo Corrêa.

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