Por thiago.antunes

Barcelona (Espanha) - Um professor morreu e quatro pessoas ficaram feridas ao serem atacados por um aluno que entrou em um instituto de ensino de Barcelona (nordeste) armado com uma balestra - um tipo de arma com arco e flecha, disparada com um gatilho -, informaram à Agência Efe fontes ligadas ao caso.

O suposto agressor, menor de idade, já foi detido pela Polícia, segundo as fontes. Os fatos aconteceram por volta das 9h15 (horário local, 4h15 em Brasília), quando o aluno chegou com atraso a sua aula, no Instituto Joan Fuster da capital catalã, chamou à porta e uma professora abriu, momento no qual tirou a balestra e lhe disparou perto do rosto, causando-lhe ferimentos diversos.

Professor do colégio é amparado por uma colega%2C cercado por estudantes de outras turmas da escolaReuters

Segundo testemunhas, o jovem também disparou contra uma aluna dessa aula, filha da professora. Ao ouvir os gritos, um professor de uma turma próxima se aproximou do local e o aluno atirou nele na altura do peito, ferimento que lhe causou a morte.

Depois, o agressor entrou em outra turma e agrediu outro aluno com a arma, segundo as mesmas fontes. O número de feridos chega a quatro, nenhum deles em estado grave, segundo as fontes consultadas. Diante do temor de que o jovem continuasse agredindo mais pessoas, os demais professores confinaram os alunos em suas salas.

Punição só vale a partir dos 14 anos 

Na Espanha, a Lei do Menor, que passou a valer no ano 2000 e nunca foi modificada, impede que pessoas menores de 14 anos respondam por crimes. A regra delimita algumas medidas punitivas “às pessoas maiores de 14 anos e menores de 18 anos por cometer ações tipificadas como delitos ou faltas no Código Penal”. Por isso, o garoto que matou o professor é inimputável, e não foi detido. Segundo a legislação, devem ser buscadas “soluções nos âmbitos educativos e familiar”. A assessora de Educação do governo catalão, Irene Rigau, disse que o estudante pode ter sofrido um surto psicótico e que seria encaminhado para tratamento. Alguns colegas dele contaram à imprensa que havia coleção de armas na casa do garoto.

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