Por bferreira

Vaticano - Um plano de ataque terrorista contra o Vaticano foi descoberto por investigadores da Justiça italiana, conforme informou a imprensa internacional. Foi emitida ordem de prisão contra vinte integrantes da rede Al-Qaeda e, até ontem, nove tinham sido capturados na Itália. Também ontem, a Estátua da Liberdade, em Nova York, cidade-alvo dos ataques da organização em 11 de setembro de 2001, teve de ser esvaziada após suspeita de bomba.

Papa Francisco tem mandado mensagens duras contra terroristas islâmicos que perseguem cristãosFoto%3A EFE

Os extremistas islâmicos sob investigação na Itália planejavam ações desde março de 2010. Eles são paquistaneses e afegãos que viviam na Sardenha. Escutas telefônicas indicaram a intenção de atingir a Igreja Católica possivelmente com o uso de um homem-bomba. O Vaticano disse ontem “não estar preocupado” com o assunto. “Houve sinalizações de alguma preparação para um possível ataque, incluindo a chegada de um homem-bomba em Roma”, disse Mauro Mura, procurador-chefe de Cagliari. De acordo com o procurador, os suspeitos teriam cometido um atentado a bomba contra um mercado no Paquistão em 2009, que matou mais de cem pessoas, e foram acusados de perpetrarem ataques contra o governo paquistanês.

Dos detidos, três foram presos em Olbia, dois em Civitanova Marche e os demais em Bergamo, Roma, Sora e Foggia. Entre eles está um líder espiritual da comunidade muçulmana na Sardenha, mas acredita-se que outros tenham fugido do país. Segundo a mídia local, dois dos homens faziam parte de um grupo que protegia o ex-líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, morto pelas forças especiais norte-americanas em 2011.

A polícia italiana acredita que, da base na Sardenha, o grupo participava de ações para infiltrar afegãos e paquistaneses na Europa através da Itália. A investigação ocorre num momento de tensão na Europa, em que há vários casos de jovens indo à Síria e ao Iraque para se juntar ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).

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