Por bianca.lobianco

Rússia - Uma grande parada militar em Moscou marcou ontem as comemorações russas do 70º aniversário da vitória contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. O evento foi considerado uma demonstração de força e do poderio bélico da Rússia frente aos países do Ocidente, principalmente os Estados Unidos.

Devido aos conflitos russos com a Ucrânia, os chefes de Estado dos países que foram aliados durante o conflito, que durou entre 1939 e 1945, boicotaram as celebrações do Kremlin. Assim, o presidente russo, Vladimir Putin, marcou a data em companhia de seus atuais parceiros da China, Cuba e Venezuela. Foram ao país líderes como Xi Jinping, Raúl Castro e Nicolás Maduro. Outros 30 representantes estrangeiros também participaram das comemorações.

Os russos exibiram armas como as novas gerações de tanques Armata T-14%2C em uma das maiores comemorações do Dia da VitóriaReuters

Milhares de soldados marcharam ontem pela Praça Vermelha, em Moscou. Foram exibidas armas como as novas gerações de tanques Armata T-14, em uma das maiores comemorações do Dia da Vitória em décadas, na Rússia.

Os soviéticos tiveram baixas de aproximadamente 27 milhões de soldados e civis durante a Segunda Guerra Mundial. O país foi o que mais contabilizou mortos durante o conflito. Por isso, o triunfo do Exército Vermelho contra os nazista se mantém como grande motivo de orgulho nacional.

UNIÃO DOS RUSSOS

O Dia da Vitória une os russos de todas as classes sociais, independentemente das simpatias políticas. Pela primeira vez em Moscou, foi feito um minuto de silêncio em memória das vítimas, durante o desfile militar na Praça Vermelha.

O presidente russo, que destacou o papel do Exército soviético na derrota da Alemanha, anunciou o minuto de silêncio. Antes, Putin ressaltou perante seus milhares de convidados e de veteranos da guerra que a “aventura hitleriana” foi “uma lição horrível para toda a comunidade internacional”.

Em seu discurso para soldados e veteranos, Putin disse que a matança ocorrida na guerra sublinhou a importância da cooperação internacional, mas que “nas últimas décadas temos visto intenções de se criar um mundo unipolar”, criticando o suposto objetivo norte-americano de dominar os assuntos mundiais.
Em um sinal de laços fortes com a China, uma coluna de tropas chinesas participou da parada. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também estava entre os que assistiam ao evento.

70 anos depois, Putin agradece aos países aliados

O presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu à França, à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos pela contribuição na vitória contra a Alemanha nazista. Mas acrescentou que, após 70 anos, a história “apela de novo à razão e à vigilância”.

O dia de comemorações foi encerrado com um grande concerto de gala na Praça Vermelha em memória às vítimas da Segunda Guerra.

Na quinta-feira, os restos mortais de 964 soldados mortos em uma das maiores batalhas contra a Alemanha nazista em território soviético foram enterrados. Os militares morreram durante a ofensiva soviética para romper o bloqueio a Leningrado, atual São Petersburgo.

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