Por bferreira

Rio - O primeiro caso da febre zika foi confirmado no Rio. O paciente infectado é um homem de 38 anos, morador da Penha, Zona Norte da capital. Apesar de menos letal do que a dengue, a nova doença, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, preocupa porque praticamente toda a população do estado está vulnerável. Como é um vírus inédito, os habitantes não têm imunidade contra ele.

Saiba mais sobre a febre zikaArte%3A O Dia

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o homem não viajou recentemente, o que indica que a infecção aconteceu no Rio e que o vírus já está circulando na cidade. Os sintomas começaram no início de maio e, após exame negativo para dengue, foi feito teste para a zika. A confirmação laboratorial da enfermidade foi realizada no último domingo, pela Fiocruz. O paciente foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Ações para controle dos mosquitos foram feitas perto da residência e do trabalho do infectado.

Para o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, uma das preocupações é o risco de surgirem muitos casos da febre zika, devido à falta de imunidade da população. Esse fenômeno, diz ele, pode sobrecarregar as unidades de saúde. “Agora é o período de menor atividade do mosquito, devido às baixas temperaturas. A partir do fim do ano, o monitoramento deve estar bem afinado para evitar risco de elevada transmissão”.

Segundo Chieppe, todos os municípios do estado vão receber recomendações sobre como lidar com pacientes que apresentem os sintomas da febre, que, muitas vezes, podem ser confundidos com os de outras doenças, como dengue, sarampo e mononucleose. “Nossa preocupação é não deixar doenças com gravidade maior serem identificadas como zika”. No dia 14 de maio, o Ministério da Saúde confirmou 16 casos de zika no Brasil: oito na Bahia e oito do Rio Grande do Norte.

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