Por clarissa.sardenberg

Estados Unidos - O respeitado jornal New York Times se viu envolvido em uma polêmica nesta semana após vazarem fotos de jornalistas encenando massacres na redação de sua sede. As imagens foram publicadas em um grupo do Facebook neste fim de semana por uma ex-funcionária e mostram um editor de longa data da publicação portando uma M-16 de brinquedo e jornalistas "mortos" em uma "brincadeira", em 2001. A reportagem é do "Gawker".

A foto na qual Rosenthal aparece segurando uma arma M-16 de brinquedo e uma garrafa de vinho é uma "encenação do massacre da família real do Nepal com a morte dos integrantes da Editoria Internacional", explicou Anne Cronin em seu post na rede social. Outra imagem mostra o futuro editor executivo do jornal, Bill Keller, liderando um "suicídio em massa" em referência ao suicídio coletivo na seita "Heaven's Gate", em 1997.

Editor do 'Ny Times' respondeu à crítica sobre encenação de massacre alfinetando site Reprodução Internet

Ao ser questionado pelo site sobre sua aparição na foto, o editor Andrew Rosenthal alfinetou: "Isso era o que os jornalistas faziam com seus impulsos infantis antes de existir o 'Gawker'".

As imagens chocaram ao caírem na rede, pois o jornal é um dos de maior credibilidade mundial. A cena de "assassinato" dentro da redação lembra de alguma forma o ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo.

O vazamento também ocorre após o assassinato de nove pessoas em uma igreja da comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. O crime de ódio foi cometido por Dylan Roof, que disse acreditar que os "negros estão dominando o mundo e alguém tem que fazer algo a respeito".

Suicídio coletivo foi recriado em redação do 'NY Times' em 2001Reprodução Internet

A publicação se posicionou em repúdio às imagens. "Essas fotos são de mau gosto, não refletem os valores do New York Times e são dignas de profundo arrependimento", declarou o o editor Arthur Sulzberger Jr. ao site.

A porta-voz do Times declarou ao site que "as fotos foram tiradas como parte de uma tradição anual da Editoria Internacional" — o mesmo foi dito por Anne Cronim, autora da publicação na rede social.


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