Por clarissa.sardenberg

Alemanha - O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, anunciou nesta terça-feira que o país tem a capacidade de acolher 500 mil imigrantes por ano, na mais recente demonstração de Berlim de gerenciar a crise de refugiados que atinge a Europa e a qual já é considerada a maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

"Acho que podemos receber cerca de meio milhão de pessoas durante alguns anos. Talvez até mais", comentou Gabriel, um dia após o governo da chanceler Angela Merkel informar que destinará seis bilhões de euros para gerenciar a situação.

Já a França alertou, nesta terça-feira, que seria um erro caso a Europa recebesse todos os refugiados procurados por militantes do Estado Islâmico na Síria e Iraque.

Crise de refugiados que atinge a Europa é considerada a maior desde o fim da Segunda GuerraReuters

"É muito difícil, mas se todos estes refugiados vierem à Europa ou outro lugar, então o Estado Islâmico ganhou o jogo", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, à rádio RTL. O ministro francês pediu um plano de ação para garantir que a diversidade do Oriente Médio permaneça, apesar da crise crescente.

Cerca de 60 países, incluindo ministros do Iraque, Jordânia, Turquia e Líbano, se encontraram em Paris nesta terça-feira para garantir medidas que facilitem o retorno de refugiados, encorajando governos regionais a darem um papel político a minorias e assegurando que não haja impunidade para crimes contra a humanidade.

O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, disse ao Parlamento que a crise de refugiados é de "absoluta prioridade", mas que o governo não quer "criar novas dívidas" em suas contas devido a isso, deixando transparecer reservas com a abertura do país para refugiados.

*Com informações da ANSA e Reuters

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