Por clarissa.sardenberg

Estados Unidos - O dentista norte-americano Walter Palmer, que ficou famoso por matar o leão símbolo do Zimbábue, voltou ao trabalho nesta terça-feira após oito semanas afastado de sua clínica. Com poucos seguranças a sua volta, o especialista não falou com a imprensa e enfrentou algumas pessoas que protestaram contra a caça de animais.

Walter Palmer (à esq.) exibe um de seus troféus de caça Reprodução Facebook

O local foi fechado após dezenas manifestantes ficarem em frente ao estabelecimento, depois que um jornal local revelou que Palmer era o responsável pela morte de Cecil, em um episódio que causou reações no mundo todo. Sua família também chegou a ser ameaçada pelo episódio.

Neste domingo, o jornal "Star Tribune" divulgou uma entrevista com o dentista, onde Palmer afirmou que não teria matado o animal caso soubesse de sua importância para a população local. Ele ainda destacou que a morte de Cecil não durou 40 horas e que não usou uma arma de fogo contra o bicho, como o governo do Zimbábue informou.

Leão Cecil tinha 13 anos e era estudado pela renomada Universidade de Oxford%2C na Inglaterra Reprodução Youtube

O norte-americano falou que não foi acusado formalmente por nenhum crime e que precisava voltar a trabalhar porque tem "um grande número de funcionários que pararam suas vidas" por causa do episódio.

A morte do leão gerou um debate sobre os limites da caça esportiva em todo o mundo, já que o dentista pagou cerca de US$ 40 mil para realizar a caçada. O caso fez até com que as maiores companhias aéreas do mundo proibissem o embarque dos chamados "troféus de caça", que os caçadores costumam levar de volta para seus países de origem.

Você pode gostar