Por bferreira

Rio - Além de desconfortável, encarar longas horas sentado ao volante ou à bordo de meios de transporte pode ser perigoso. Quem costuma ficar muito tempo sem mover as pernas, seja no trabalho, em casa ou no trânsito, deve prestar atenção aos riscos da Síndrome da Classe Econômica, responsável por cerca de 10% dos casos de trombose profunda. Hoje é o Dia Internacional do Combate e Prevenção à Trombose e especialistas aproveitam a data para esclarecer as causas do problema. “Quando permanecemos sentados por muito tempo, a velocidade de retorno do sangue das pernas ao coração diminui, tornando o sangue mais grosso e passível de coagulação. Ao nos levantarmos, a massa formada pode viajar pelo corpo e atingir o pulmão”, explica Eduardo Fávero, angiologista e cirurgião vascular do Hospital Souza Aguiar.

De acordo com o médico, quando o coágulo chega a o pulmão, o risco de morte é muito alto. Portanto, o diagnóstico prematuro é essenciais. “Os principais sinais de alerta de uma trombose profunda são a dor concentrada em uma das pernas, vermelhidão e inchaço. O tratamento é fornecido em todos os postos do SUS e serve para impedir que o coágulo chegue à corrente sanguínea, ”, afirmou Fávero.

A prevenção é a melhor forma de combater a doença. “A dica é movimentar as pernas com frequência e se manter hidratado. Caso não seja possível caminhar, ficar nas pontas dos pés e contrair a panturrilha já ajuda”, diz o entrevistado.

O especialista apontou ainda alguns fatores responsáveis pelo aumento da incidência da doença. Além do próprio sedentarismo, idade avançada, presença de varizes, obesidade e tabagismo são os principais. Fávero fez um alerta ao público feminino. “O hormônio da pílula anticoncepcional pode aumentar a coagulação. Portanto, fumar e usar a pílula ao mesmo tempo pode ser fatal”, avisou. 

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