Por felipe.martins

Budapeste - O Parlamento húngaro autorizou nesta segunda-feira o governo a mobilizar o Exército para ajudar na contenção de uma onda de imigrantes que chegam ao país, concedendo aos militares a permissão para o uso de força não letal.

Os parlamentares aprovaram uma lei que permite o uso de balas de borracha, bombas de efeito moral, granadas de gás lacrimogêneo e lançadores de redes, de acordo com o texto publicado no site do Parlamento. A nova determinação acontece duas semanas depois de o Parlamento mandar prender os refugiados que tentassem cruzar o país.

Destino da mair parte dos refugiados que cruzam as fronteiras da Hungria é a AlemanhaEfe

A Hungria, sem litoral e com uma população de 10 milhões de habitantes, fica no meio do caminho do maior fluxo migratório visto na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e registrou 220 mil pedidos de asilo desde o início do ano.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que a polícia não seria capaz de garantir a segurança de todas as fronteiras do país – incluídas as fronteiras externas da zona Schengen de livre movimentação de pessoas – sem a ajuda do Exército. “Podemos defender a faixa sérvia da fronteira”, disse ele, acrescentando que as fortificações naquele trecho de 175 km estavam funcionando melhor do que o esperado.A Hungria já construiu uma cerca na fronteira com a Sérvia e estabeleceu patrulhas regulares.

Brasil prorroga vistos

Enquanto a Europa discute o que fazer com a crise mogratória, o governo brasileiro acena com maior acolhida aos refugiados. Ontem o Conselho Nacional de Refugiados (Conare) prorrogou por dois anos a emissão de vistos especiais para refugiados sírios no Brasil. A resolução foi aprovada em setembro de 2013 e perderia a validade no fim deste mês. Segundo o Conare, o Brasil tem, hoje, 2.097 sírios na condição de refugiados.

A resolução permite que os vistos sejam emitidos apenas com a comprovação de nacionalidade afetada pelo conflito sírio e identidade. Desde setembro de 2013, 7.752 vistos foram emitidos com base nessas regras, mas nem todos se converteram no reconhecimento de cidadãos sírios como refugiados. O Brasil é o principal destino de refugiados sírios na América Latina. Em março, o Conare já registrava a presença de 1,6 mil cidadãos sírios.

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