Por clarissa.sardenberg

Arábia Saudita - O número de mortos na peregrinação anual para Meca subiu para 717, segundo a "CNN". Ao menos 805 pessoas ficaram feridas, informou o governo saudita. Nesta quinta-feira em Mina, nos arredores da cidade sagrada muçulmana de Meca, onde cerca de 2 milhões de pessoas realizam a peregrinação anual do haj.

O tumulto ocorreu na Rua 204 da cidade de Mina, localidade onde os peregrinos permanecem hospedados por vários dias durante o clímax do haj e que está situada a poucos quilômetros de Meca.

Mais de 700 peregrinos acabaram mortos em tumulto na Arábia SauditaEFE

A peregrinação, maior concentração anual de pessoas no mundo, já foi palco de desastres mortais no passado, incluindo corre-corres, incêndios em barracas e distúrbios.

A segurança durante o haj é uma questão politicamente sensível para a dinastia Al Saud, que controla a Arábia Saudita e se apresenta internacionalmente como guardiã do Islã ortodoxo e responsável por seus locais mais sagrados em Meca e Medina.

O governo gastou bilhões de dólares na modernização e expansão da infraestrutura para o haj e em tecnologia de controle de multidão nos últimos anos. O último grande incidente com mortes havia ocorrido em 2006, quando pelo menos 346 peregrinos morreram em um tumulto.

Peregrinação à Meca reúne o maior grupo de pessoas no mundo EFE

A Rua 204 é uma das duas principais artérias que conduzem do acampamento em Mina para Jamarat, onde os peregrinos realizam o ritual de apedrejamento do diabo, atirando pedras em três grandes pilares. Jamarat foi também o local do desastre de 2006 e vários outros.

Os esforços para melhorar a segurança em Jamarat incluíram a ampliação dos três pilares e a construção de uma ponte de três níveis em torno deles para aumentar a área e o número de pontos de entrada e saída para os peregrinos que cumprem o ritual.

Há duas semanas, 110 pessoas morreram na Grande Mesquita de Meca quando um guindaste operando num projeto de expansão desabou durante uma tempestade e esmagou peregrinos que estavam embaixo.

*Com informações da Reuters

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