Por thiago.antunes

Rio - Uma hora de sono a menos pode causar dificuldade para dormir, sonolência durante o dia, alterações de humor, cansaço e alertam especialistas do sono, sobre a chegada do horário de verão, a partir da meia noite de hoje. O ideal, segundo a especialista em sono do Hospital Federal da Lagoa, Luciane Mello, é treinar o relógio biológico antes, para que o organismo sincronize seus ritmos ao novo horário. Mas para quem não teve tempo, a saída é buscar meios de se adaptar.

A dois meses da chegada do verão, as altas temperaturas em muitas cidades reforçam a necessidade de cuidados dedobrados com a saúde.Dores de cabeça, mal estar e pressão baixa podem ser sintomas de quem está sendo afetado pelo calor. Segundo Inmet, a temperatura bateu um novo recorde: ontem foi o dia mais quente dos últimos cem anos, com a marca dos 42,8ºC em Santa Cruz.

Cansaço excessivo%2C dores de cabeça e inchaço nas pernas são alguns efeitos das ondas de calor nesta épocaMaíra Coelho / Agência O Dia

Beber muita água, manter o corpo bem hidratado e usar filtro solar são dicas a serem seguidas. Crianças e idosos são os mais vulneráveis a essas mudanças de horário, isso porque seu organismo possui uma dificuldade em se adaptar maior do que os outros. Os pequenos podem apresentar dificuldade em prestar atenção na aula, falta de apetite, sonolência durante o dia, irritabilidade.

O estudante Jhonnatan Portes, de 17 anos, morador de Volta Redonda, no sul do estado, sentiu-se mal por causa do calor. Ele reclamou de enjoo, tontura e ânsia de vômito e foi levadopara o hospital. Lá precisou tomar soro. “Está tão quente aqui, que eu tomo banho toda hora e não paro de suar”, contou.

O angiologista e cirurgião vascular Eduardo Fávero, do Hospital Souza Aguiar, no Rio,.alerta que, além de causar cansaço excessivo, dores de cabeça, inchaço nas perbas, o calor eleva bastante o risco de morte por problemas cardiovasculares, especialmente entre diabéticos, obesos e cardiopatas. Os desmaios elevam o risco de morte por doenças do coração.

Proteção do sol se torna obrigatória

Outro risco nesta época é o excesso de exposição solar, que pode causar danos irreversíveis à pele. Dermatologistas recomendam evitar tomar sol entre 10h e 17h. “Os raios UVB, que deixam a pele vermelha, podem aumentar a incidência de queimaduras e também o risco de câncer de pele”, explica Mônica Azulay, da Sociedade de Dermatologia do Rio. A entidade descobriu que 64% dos cariocas não fazem uso diário do filtro solar, e lançou o aplicativo gratuito ‘Proteção UV’ para incentivar o seu uso.

Reportagem da estagiária Carol Moura

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