Por thiago.antunes

Pyongyang (Coreia do Norte) - Bem ao seu estilo boquirroto, o governo da Coreia do Norte voltou a falar grosso. Em resposta à proposta dos Estados Unidos e da Coreia do Sul para que Kim Jong-un abandone seu programa nuclear, o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano não só rejeitou a oferta, como também ameaçou o país vizinho. “Se os EUA insistirem em negociações numa direção diferente, a Península da Coreia vai somente ver nosso ilimitado poderio nuclear fortalecido ainda mais”, afirmou, em nota.

Pyongyang teve uma semana de desfiles militares e festas pelos 70 anos do Partido dos Trabalhadores no poder. Na sexta-feira, Barack Obama recebeu em Washington a presidenta sul-coreana, Park Geun-hye, com quem tratou da conturbada relação na península. Ambos concordaram em negociar a retirada dos embargos a Pyongyang caso Jong-un aceitasse encerrar o programa nuclear. A Coreia do Norte afirma ter bombas atômicas em seu arsenal.

Kim Jong-un em imagem divulgada esta semana%3A sem tratado de paz com a Coreia do Sul%2C nada de desarmamentoEfe

O governo de Kim Jong-un exige que os Estados Unidos intercedam por um tratado de paz entre as Coreias, que estão tecnicamente em guerra desde 1953, quando uma trégua interrompeu duro conflito de três anos. Desde então, os dois países se estranham, com a do Norte divulgando ameaças à do Sul e frequentemente exibindo um suposto poderio militar.

Foi o que aconteceu esta semana, nas celebrações pelos 70 anos do Partido dos Trabalhadores no comando da Coreia do Norte. A ‘Dinastia Kim’ começou com Il-sung, passou por Jong-il e está com Jong-un. Nos desfiles, a velha simetria de marcha e armas em profusão, para parecer importante.

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