França identifica mais terroristas que participaram de ataques
Digitais de homem-bomba que atuou no Stade de France coincidem com homem registrado na Grécia em outubro
Por clarissa.sardenberg
França - Seis dos sete jihadistas suicidas que participaram dos atentados de Paris na sexta-feira passada já foram oficialmente identificados, após a promotoria de Paris divulgar mais nomes nesta segunda-feira. O cidadão belga Abdelhamid Abaaoud, de 27 anos, que está atualmente na Síria é suspeito de estar por trás dos ataques da última sexta-feira em Paris, de acordo com uma fonte próxima à investigação francesa.
Segundo o jornal "Liberatión", ele teria ligações com Sid Ahmed Ghlam, um estudante francês acusado de assassinato e terrorismo. Abaaoud nasceu em Molenbeek, subúrbio de Bruxelas, lar de outros membros de uma célula de militantes islâmicos que supostamente realizou o ataque.
O homem-bomba que atuou no Stade de France e que carregava um passaporte com o nome de Ahmad Al Mohammad, nascido na Síria em 10 de setembro de 1990, esclareceu o órgão em comunicado.
Impressões digitais de Ahmad Al Mohammad coincidiram com digitais de um homem registrado na Grécia em outubro, disse um promotor francês nesta segunda-feira.
O segundo é um dos terroristas da casa de shows Bataclan, Samy Ammour, de 28 anos, de Paris, e pelo qual a França tinha lançado um mandato de detenção internacional. Ele desapareceu em 2013 e era alvo de um mandado internacional de prisão.
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"Neste momento, enquanto a autenticidade de um passaporte em nome de Ahmad Al Mohammad, nascido em 10 de setembro de 1990 em Idlib, na Síria, precisa ser verificada, há semelhanças entre as impressões digitais do homem-bomba e aqueles levados durante um controle na Grécia em outubro", disse a promotoria de Paris em um comunicado.
Investigadores franceses já haviam identificado Abdeslam Salah, de 26 anos, que foi descrito como "um homem perigoso".
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Ele teria pegado um voo para a Espanha logo após participar das ações na capital francesa, segundo informações do jornal americano "The New York Times".