Por bferreira

Rio - Em 2008, o estatístico Nate Silver tornou-se a maior celebridade internacional em criar modelos infalíveis de previsões eleitorais. Nate parte do conceito de ‘forecasting’, que significa planejar em tempos de incertezas. A presidenta Dilma Rousseff deveria contratar o ‘mago’ das previsões para ser seu babalorixá nas eleições de 2014.

As últimas pesquisas publicadas pelo Datafolha não surpreenderam os analistas políticos, que se utilizam da lógica de equações dinâmicas e de conceitos de ciclos. Em resumo: ao atingir um ponto de pico, volta à tendência de normalidade.

A presidenta vinha de ciclos virtuosos de crescimento. Em junho, atingiu seu ponto máximo de popularidade, com 57% de ótimo e bom. A previsão era da vitória no primeiro turno. Seus índices de aprovação superaram todos os ex-presidentes. A queda de popularidade para 27% pode ser admissível num ambiente de ebulição e de fenômenos políticos sazonais.

Na última pesquisa do Datafolha, a presidenta volta a recuperar parte de sua popularidade, subindo seis pontos na base de todo o eleitorado e mantendo seus índices de aceitação nos segmentos dos eleitores de baixa renda. Não surpreende sua ascensão no sul do país, onde o eleitorado de maior nível de escolaridade é avesso a mudanças e rupturas apostando no desconhecido.

Estatísticas das últimas eleições comprovam que os candidatos que se situam numa faixa entre 32% e 35% têm grandes probabilidades de ser eleito no segundo turno. Com a oposição fragmentada, o marqueteiro João Santana tem tempo para retornar para a faixa de crescimento de popularidade da presidenta Dilma.

Direto ao assunto: a candidatura de Marina Silva é uma bolha. Aécio Neves pode ficar estacionado nos 12%, e Eduardo Campos compõe com Lula num projeto para 2018. Dilma será reeleita...?

Economista e analista político

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