Por adriano.araujo

Rio - O leite ficou mais caro nos últimos meses. Um dos fatores para o aumento foi o clima frio, que prejudica o pasto e, consequentemente, a alimentação dos animais, que produzem menos leite. A solução para quem não quer gastar tanto é substituir o produto por outros alimentos ricos em cálcio, como folhas verdes, ovos e sardinha. Com a chegada do verão, porém, a tendência é que o preço do leite volte a cair.

Por Marco Quintarelli

PERGUNTA E RESPOSTA

“O preço do leite disparou nos últimos meses. Por que isso acontece? Por quais alimentos posso substituir o leite nesse período?”

Maria da Glória, Grajaú

Maria, a explicação está no campo. Estamos no inverno, e com o tempo seco as vacas acabam produzindo menos leite. O pasto chega ao fim e, sem alimento, os animais diminuem a produção, e aí os produtores gastam mais com a alimentação do gado. Por isso, houve alta do preço do leite e seus derivados nesta época do ano.

Desde o ano passado, a produção está menor, e como a demanda é grande, isso também ajuda a pressionar os preços. O consumo de produtos à base de leite, como iogurtes e queijos, tem aumentado consideravelmente nos últimos anos no país.

O governo não importou tanto desse produto ainda, dando oportunidade aos produtores. De janeiro a julho deste ano, as importações caíram 11% em comparação ao mesmo período de 2012, devido ao aumento do preço do leite no exterior e à valorização do dólar frente ao real.

O leite é um alimento facilmente substituível para os adultos, mas nem tanto para as crianças, principalmente para menores de dois anos. As proteínas, vitaminas e cálcio específicos desse alimento são primordiais para a saúde do indivíduo. Hoje em dia, no mercado, encontramos diversos produtos sem leite criados para aqueles que têm intolerância à lactose, porém, esses alimentos costumam ser caros.

O ideal é manter o leite na alimentação das crianças. Pode ser em menor frequência, complementando com frutas, vegetais verdes, legumes, carne, sardinha e ovos, que são ricos em cálcio.

A tendência agora é que haja diminuição do preço do produto e dos derivados, já que as condições climáticas devem melhorar com a primavera.

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