Por thiago.antunes

Rio - Causou no mínimo estranhamento a cena do policial morto supostamente num assalto a seu carro, um vistoso Camaro amarelo, com R$ 100 mil em espécie. Logo surgiram explicações, mas a desconfiança fala mais alto. O caso motivou a publicação de decreto que passa a monitorar a evolução patrimonial das forças de segurança — incluindo policiais civis e militares e bombeiros. A medida pode soar impopular, mas ajudará a melhorar as corporações.

É sabido que os agentes da lei no estado ganham muito aquém do que merecem. Mas nada justifica corromper-se — desvios com vistas ao enriquecimento ilícito são condenáveis em qualquer esfera, mas intoleráveis no campo policial. Cada um é livre para fazer o que bem entender nas horas vagas, desde que honestamente.

A transparência no patrimônio das tropas apontará casos suspeitos que podem revelar conivência com o tráfico, recebimento de suborno, chantagens e até envolvimento com a milícia, hoje ainda um câncer para o estado.

Interessante seria estender a transparência a toda a classe política e lutar por salários mais dignos a policiais e bombeiros. A cobrança sem contrapartida pode minar o moral das tropas e ser um tiro no pé.

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