Por felipe.martins

Rio - Uma em cada três crianças brasileiras sofre de sobrepeso ou obesidade. Segundo os dados do Ministério da Saúde, o número mais que dobrou nas últimas duas décadas, ligando o alerta nos órgãos de saúde em todo o país. Afinal, excesso de peso é um dos principais fatores de risco para hipertensão e diabetes, doenças que podem levar a graves problemas cardíacos precocemente. Essas são algumas das razões que levaram o governo do estado e a Prefeitura do Rio a realizar, simultaneamente, a Semana da Alimentação Escolar (SAE) — que termina hoje —, a qual conta com cartilhas e ações sobre educação alimentar nas unidades escolares.

Atitudes como essas são fundamentais para criar uma consciência alimentar diferente da que a maioria das famílias pratica. Especialistas dizem que, quanto mais cedo frutas e hortaliças forem inseridas na vida das crianças, mais saudável será o seu cardápio ao longo dela. Um cidadão que se alimentou bem na infância sempre fará escolhas mais benéficas no decorrer da vida.

Isso atribui aos pais também muita responsabilidade. Já nas primeiras alimentações, eles definirão que tipo de vida seus filhos levarão. Uma jornada longa e saudável ou uma com recorrentes problemas de saúde. É preciso que não deixem se levar pela grande oferta de produtos industrializados, que prometem mais agilidade e conforto, mas não se comprometem com a nutrição dos pequenos, que precisam das substâncias certas para se desenvolver física e mentalmente.

Também devemos pensar que é preciso criar mecanismos que facilitem a chegada desses produtos às mesas dos brasileiros, como é o caso das centrais de abastecimento, responsáveis pela distribuição de frutas e hortaliças em todo o estado. Elas precisam estar fortalecidas para oferecer produtos de qualidade e com preços acessíveis, sem esquecer seu papel social.

Há exatamente um ano, o Programa Brasileiro de Mercado Hortifrutigranjeiro (Prohort) lançou uma campanha de incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras nas Ceasas, com o objetivo de mudar uma preocupante realidade: o consumo médio desses produtos entre os brasileiros é menos da metade da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Entre outros assuntos, a campanha mostra as propriedades de cada produto, como escolher, como aproveitar melhor cada um nas refeições e quando encontrá-los a preços mais acessíveis, já que produtos em safra possuem melhores preços. Uma ajuda importante para quem precisa repensar a alimentação da família.

Waldir Lemos é presidente da Associação dos Comerciantes e Produtores da Ceasa Grande Rio

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