Por bferreira

Rio - A ousada agressão a profissionais da imprensa na porta do presídio de Gericinó, semana passada, merece séria reflexão. Estamos diante de grave crime contra a incolumidade de cidadãos pacíficos e contra a ordem social. Crime praticado por ativistas da desordem e do desrespeito, com o intuito de agredir quem lhes faça oposição e também a jornalistas, numa atitude antidemocrática, impedindo o trabalho da livre imprensa. Esta é a Frente Popular da Desordem. São anarquistas radicais que insistem em se insurgir contra as forças policiais, a ordem pública e o patrimônio publico e privado.

Estamos diante de um movimento popular de extremo perigo, de afronta aos princípios democráticos e às leis penais em vigor. Isso é muito nítido. Não dá para tapar o sol com a peneira e tentar fugir de tal realidade com o discurso do ‘politicamente correto’. Acrescem-se a ousadia e o destempero de ativistas e seus parentes com insultos e ameaças contra jornalistas, no dia seguinte às lamentáveis cenas de agressão e intolerância em Gericinó, em encontro na própria sede do Sindicato do Jornalistas Profissionais do Município do Rio, onde tais profissionais, constrangidos e humilhados, se viram obrigados a abandonar o encontro. Ousadia extrema de deseducados.

São pessoas que desconhecem os princípios básicos da respeitosa convivência social num Estado Democrático de Direito. Alguns desses terroristas urbanos, arruaceiros que não aprenderam a conviver em democracia, organizados como em quadrilha — conforme detectado em investigação policial —, deveriam estar afastados do convívio social pela séria ameaça que representam ao poder legal e à sociedade.

São lideranças negativas que não agregam valores sociais positivos, só radicalismo inconsequente. Falam em Educação como uma de suas bandeiras reivindicatórias, mas pregam a violência dos galões incendiários (coquetéis molotov), dos artefatos explosivos, das pedras e das tábuas com pregos para ameaçar a integridade física de policiais e de cidadãos ordeiros. Revolucionários da afronta e da desordem.

Inaceitável tal comportamento anárquico e intimidatório. A medida punitivo-corretiva que mais convém aos terroristas urbanos é a cadeia. Um caminho próprio para anarquistas intolerantes, na proteção de toda a coletividade. A sociedade precisa dessa proteção. O quanto antes e em nome da paz social.

Milton Corrêa da Costa é tenente-coronel da Reserva da PM

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