Por bferreira

Rio - Todo mundo que faz dieta já recebeu várias indicações de fórmulas para emagrecer. Em muitos casos, nenhuma das receitas surte efeitos prolongados. A situação acontece principalmente porque cada pessoa possui necessidades específicas. Pensando nisso, alguns nutricionistas começaram a usar estudos genéticos para preparar dietas personalizadas, e têm obtido resultados acima da média.

A nutricionista ortomolecular Ana Paula Santos defende o método, que inclui exame de análise molecular do paciente, que requer apenas uma amostra de saliva. “Com os resultados, traçamos perfil metabólico do cliente e ficamos sabendo que alimentos poderão inseridos em sua dieta”, afirma ela, que oferece a técnica em seu consultório e garante que o procedimento precisa ser realizado só uma vez. Como a amostra é mandada para laboratórios fora do país, principalmente na Itália e nos EUA, o custo é elevado: em torno de R$ 1, 2 mil.

Entre os ganhos práticos trazidos pela dieta de tipo genética, está a identificação de possíveis intolerâncias alimentares ou dificuldades metabólicas, desconhecidas até então pelo paciente. “Conseguimos saber se a pessoa tem alergia a derivados do leite, certas proteínas ou se digere mal as gorduras. Tudo isso proporciona ajustes fundamentais no que vai ser receitado”, comenta Ana Paula.

O estudo também indica o tipo de atividade física mais recomendada para cada um. O resultado do teste traz informações sobre a capacidade muscular do paciente.

INFLUÊNCIA DO MEIO

“Além disso, podemos observar se o organismo da pessoa necessita da combinação entre dieta equilibrada e exercícios para promover um emagrecimento mais consistente”, completa a nutricionista.

Apesar de defender a análise molecular, a nutricionista Ana Paula Santos ressalva que o padrão genético não é a única variável que deve ser levada em conta no combate à obesidade. “Os genes são importantes, mas o meio tem influência sobre a pessoa. Estresse e poucas horas de sono também conduzem ao sobrepeso”, garante a profissional, listando o tabagismo, a poluição e fatores hormonais como outros responsáveis pela obesidade.

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