Por felipe.martins

Rio - O Estado do Rio de Janeiro está em segundo lugar no lamentável ranking da intolerância religiosa, atrás de São Paulo. E o pior é que a prática hedionda de perseguir pessoas por causa da fé que professam está crescendo, como mostrou reportagem de sábado do DIA. Só no primeiro semestre de 2014, foram registradas, no Disque Direitos Humanos da Presidência da República, 21 ligações do estado, contra 39 em todo o ano passado.

Os números são vexatórios, principalmente para uma cidade e um estado que são desde os primeiros anos do Brasil portas de entrada de pessoas de todas as origens e credos. E que, ao longo de séculos, se notabilizou como exemplo de miscigenação racial e cultural e de convivência pacífica e fraterna entre povos oriundos de todos os continentes, com seus hábitos e suas crenças.

O crescimento dos casos de intolerância reflete a ascensão, cada vez mais rápida, de correntes fundamentalistas que se apresentam como religiosas, mas que, ao incentivarem a violência contra os que professam fé que consideram inadequada, mais se assemelham às brigadas fascistas.

Se é preciso agir com rigor para punir severamente qualquer ato de violência, é ainda mais necessário ser duro com os que perseguem pessoas por conta da sua religião. O Código Penal tem os remédios contra a disseminação dessa doença nefasta que é o fundamentalismo religioso, seja qual for. Basta aplicá-los.

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