Por thiago.antunes

Rio - Agiu muito bem a Procuradoria-Geral da República ao determinar que o Ministério Público Federal fiscalize em todo o país sites usados para mensagens de preconceito e racismo. É uma prática odiosa cujas denúncias devem ser apuradas com todo o rigor.

A reação rápida da Procuradoria acontece após manifestações desrespeitosas postadas nas redes sociais contra a comunidade nordestina. Teriam sido motivadas pela expressiva votação da presidenta Dilma no Nordeste no primeiro turno. Mas a fiscalização deve ir além.

O episódio em que imbecis chegaram a sugerir na internet o assassinato de um cidadão da Guiné, que desembarcou no país com suspeita de estar infectado pelo vírus ebola, merece igual repugnância. É outro péssimo exemplo de incitação ao ódio racista que deve ser repelido.

Por isso, é inaceitável que tais comentários, que configuram crime, continuem a se propagar e que os autores saiam incólumes. O que se espera é que sejam identificados e punidos. A pregação racista ofende não só os negros, mas todos os brasileiros.

Coibir essa triste onda de preconceito que corre solta na internet é o desafio que se impõe às autoridades. É preciso dar um basta a essas práticas execráveis, que não combinam com a democracia, muito menos com os princípios mínimos de civilidade.

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