Por bferreira

Rio - As frequentes notícias sobre grupos que se apropriam de imóveis do programa Minha Casa Minha Vida evidenciam que o poder público não está dando atenção adequada à segurança das famílias. Mesmo considerando que o caso de Guadalupe é um ponto fora da curva, é preciso meditar, e agir, diante dos seguidos casos de bandidos tomando apartamentos e casas que foram destinados a famílias carentes. O tema deve ser encarado com preocupação pela autoridade. Afinal, trata-se de um dos mais importantes programas sociais do governo e envolve um direito fundamental de qualquer pessoa, que é o de ter moradia digna.

Não podemos assistir passivos à violência contra esses moradores. O que parece claro da avaliação do noticiário é que falta segurança para os que recebem seus imóveis e que é preciso ir além da entrega das chaves para garantir cidadania a essas famílias. É preciso oferecer de forma completa os serviços públicos a que todo cidadão tem direito.

Ninguém imagina que em condomínios de classe média bandidos possam expulsar famílias, negociar seus imóveis ou instalar bocas de fumo neles sem uma pronta resposta do Estado. Admitir que isso possa acontecer em conjuntos residenciais destinados a famílias carentes é, portanto, inaceitável. Todos devem ter o mesmo tratamento e o mesmo direito à moradia e à segurança.

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