Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Chegou a época em que somos bombardeados por convites que incentivam o consumo. Comerciais de TV e rádio, banners na internet e outdoors nas ruas: tudo exala a necessidade de adquirir um produto. Só que as pessoas, muitas vezes, se esquecem de fazer as contas para o ano que vem, com gastos inadiáveis como IPVA, IPTU e matrícula escolar dos filhos.
Devido à facilidade oferecida, o consumidor quase sempre opta por parcelar as compras no cartão de crédito. Embora não haja juros, a divisão em valores menores acarreta grande quantidade de parcelas. Ou seja, a compra dos presentes em dezembro será quitada apenas em julho, agosto ou até depois. Será que isso vale mesmo a pena?
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Sem contar que, com a renda extra do 13º salário, todos têm por costume entrar em amigos ocultos e presentear familiares e amigos, gastando mais do que seu poder de compra permite. Organizar as finanças e controlar o impulso são dois passos essenciais para quem deseja entrar em 2015 livre das dívidas e sem que o cartão de crédito esteja sobrecarregado. Fazer questionamentos do tipo “Eu realmente preciso desse produto?”, “Isso é imprescindível neste momento?” e “Quanto tempo posso ficar sem essa mercadoria?” é um exercício que ajuda na definição das prioridades.
Além disso, é importante esboçar o orçamento. O recomendável é que esse planejamento seja feito desde os primeiros meses, para que haja ‘gordura extra’ para esta época de gastos maiores. Ainda são poucos os que possuem investimento de longo prazo, muito por conta da baixa taxa de rendimento e os baixos salários. Esses fatores são sempre citados como empecilhos por quem não consegue poupar, mas também há fatores comportamentais. É fundamental enxergar na poupança um bom investimento, que, dependendo da administração, pode trazer lucro, sem falar que ter uma reserva é fundamental para quitar emergências.
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Faça os cálculos, anote os gastos e veja quanto a soma das parcelas pode comprometer o orçamento. Desta forma, será possível dimensionar as dívidas e evitar que contas inesperadas vençam sem que possa pagá-las, acarretando juros, multas e outras complicações. Afinal, nunca é bom ser pego desprevenido!
?Dora Ramos é educadora financeira
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