Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - A cada cinco dias, um policial militar é morto no Estado do Rio. Nos últimos três anos, mais de 2 mil foram retirados à força das ruas em ações violentas. Não são estatísticas frias — e, sim, o retrato de uma guerra urbana. Agentes da lei, cuja missão é proteger vidas, estão sendo caçados e exibidos como troféus por bandidos muito bem armados. Em clara afronta ao poder público, o crime organizado põe a cabeça de PMs a prêmio e tira de combate homens e mulheres que têm como dever zelar pela segurança alheia. A maioria é executada fora de serviço, sem chance de defesa.
Os sucessivos ataques a UPPs deixam evidente que tanto a legislação quanto a ação do Estado precisam ser reforçadas. É inaceitável que policiais fiquem acuados, sem poder de exercer plenamente suas funções. Ao Estado compete valorizar a carreira, melhorando salários e condições de trabalho. Vale citar medidas básicas: blindagem de cabines e unidades em área de UPPs; respeito ao descanso do PM; compra de equipamentos eficientes e treinamento contínuo.
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Outro grande avanço na luta contra o extermínio de policiais está no endurecimento do Código Penal. O responsável pela morte de um agente do Estado deve receber pena maior. Não pode haver tolerância com a barbárie. No Congresso, tramitam projetos que tornam crime hediondo o assassinato de policiais civis e militares, guardas municipais, membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Judiciário.
Cada vez que um policial é assassinado, a população fica mais vulnerável. Não basta fincar cruzes na areia e chorar pelos mortos. A conta da violência é paga por chefes de família, donas de casa, trabalhadores, crianças, aposentados. A resposta a essa tragédia começa pela articulação dos poderes em torno de ações preventivas, que priorizem a inteligência acima da força. Afinal, o desafio da segurança pública exige planejamento e união de esforços. Com uma legislação mais rigorosa e o enfrentamento sem tréguas ao crime organizado, é possível virar esse jogo. Esse é o preço de viver em paz.
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Iranildo Campos é deputado estadual pelo PSD