Por thiago.antunes
Rio - O último fim de semana foi marcado por arrastões em diferentes pontos do Rio e por mais um ‘luto’ forçado por morte de bandido, desta vez afetando o comércio e o ir e vir na totalidade dos complexos da Penha e do Alemão. Desnecessário repetir como essas notícias maculam a imagem da cidade. Mas não é exagero voltar a questionar o que a cúpula da Segurança pensa disso e como ela pretende reagir.
Ninguém pode achar normal estar na praia num fim de semana e ter de sair às pressas porque grupelhos provocaram confusão para surrupiar o que está ao alcance das mãos. Também não está nos limites do razoável mães e filhos se refugiarem num teatro porque hordas de pivetes os acuaram para assaltar — e o mesmo sentimento de impotência foi registrado no Cosme Velho. É igualmente gritante o ‘luto’ no Alemão, que rememora tempos sinistros, pré-UPPs, onde o Estado não tinha vez: o que valia eram a palavra e o poder do tráfico.
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Mas onde está o estado diante desse vácuo no policiamento? É o mesmo vazio que permite atrocidades como o latrocínio dos jovens Alex e Tayenne, tema discutido neste espaço no sábado. É inadmissível que em pleno verão e com a cidade repleta de turistas a Segurança se mostre tão falha, e tão impotente perante criminosos.