Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - O bem-humorado protesto de estudantes de Engenharia da Uerj, que posaram sem camisa dentro de uma sala de aula esta semana, é mais um capítulo da insalubridade causada pela crise financeira na universidade. Diz a instituição que uma “queda de energia” derrubou os aparelhos de ar condicionado, daí o calor excruciante. Não é preciso fazer esforço para imaginar o desconforto — mais um na história recente da instituição. Resta saber se é mais um caso isolado ou se é prenúncio de um cataclisma.
No fim do ano passado este espaço alertara para o quadro desolador na Uerj, que se viu obrigada a fechar o campus por falta de limpeza. Não havia dinheiro para pagar às empresas encarregadas. A medida surpreendeu e prejudicou estudantes, alguns deles com provas marcadas. Na ocasião, a Reitoria tornava pública dívida de mais de R$ 20 milhões, afirmando, porém, confiar no governo do estado para sanar a crise. Ainda é cedo para saber se esta foi ou está sendo estancada.
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O que não pode é haver cenas como o campus imundo, com lixo se amontoando, e calor inclemente num ambiente de ensino. É um desrespeito à história e à reputação de uma respeitada instituição.