Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - O câncer é hoje a doença que mais cresce no Brasil e no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, em 2030, mais de 20 milhões de pessoas serão diagnosticadas anualmente com tumores. No nosso país, estima-se que haverá 576 mil novos casos em 2015. Os números impressionam, e o cenário exige um comprometimento dos governos de todos os países.
Para contribuir para o controle do mal no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) publica, a cada dois anos, a ‘Estimativa: Incidência de Câncer no Brasil’, projeção baseada na incidência nas 27 cidades com Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e no número de óbitos pela doença obtido no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Os RCPB são centros que reúnem informações sobre os novos casos de câncer registrados por ano, naquele município.
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A excelência está presente nos RCBP brasileiros. Esse reconhecimento veio da OMS, pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer. A notícia está no artigo ‘A incidência e a mortalidade por câncer no mundo: fontes, métodos e os principais padrões no Globocan 2012’, publicado no International Journal of Cancer.
Informações nacionais de incidência são raras na maioria dos países em desenvolvimento, principalmente na América Latina, por isso a importância cada vez maior de estimativas com base confiável e de qualidade. O Brasil é um dos únicos países da América Latina que, além de estimativas nacionais, calcula por estados e capitais.
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As estimativas produzidas pelo Inca são fundamentais para desenvolver ações, políticas públicas e orientar o trabalho dos gestores municipais e estaduais de saúde. As informações também auxiliam o desenvolvimento de programas que estimulam hábitos saudáveis e conscientizam a população sobre os fatores de risco, como tabagismo e exposição ao sol.
O Inca é responsável pelo apoio às estratégias da política de prevenção e controle, incluindo a divulgação de informações. Contribui também para a formação de profissionais e provém suporte técnico e apoio necessários para a implantação e o desenvolvimento das ações dos registros de câncer no país.
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?Luiz Antonio Santini é médico e diretor-geral do Inca
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