Por felipe.martins

Rio - O alerta sobre a febre Chikungunya feito pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde deve ser levado a sério pelas autoridades e população. Afinal, o Estado do Rio tem um histórico profícuo de surtos e de mortes deles decorrentes. Descuido cíclico que, como O DIA vem mostrando desde ontem, pode atingir até dois terços da população num curto espaço de tempo.

A chikungunya, felizmente, não é tão letal quanto a dengue, mas causa incômodos tão desagradáveis quanto a virose mais conhecida dos fluminenses — e se espalha com mais facilidade, alertam os especialistas. Afora o desconforto com a doença, há uma questão logística e econômica: as baixas, ainda que temporárias, oriundas do torpor imposto e a megaestrutura para o tratamento maciço trarão um indesejado baque nos cofres.

A seca no sudeste é outro problema. Como observado em São Paulo, o acondicionamento descuidado de água nas casas cria ambientes ideais para a proliferação dos mosquitos vetores das duas doenças. Logo, mesmo no inverno, quando as condições climáticas não são favoráveis à praga, pode haver surto se a população não colaborar.

É o caso, portanto, de se repetir a cantilena que todos sabem de cor, mas poucos tiram efetivamente do papel: a atenção permanente dentro de casa e a vigilância atenta da vizinhança. Bastam dez minutos por semana para conter uma epidemia, por mais anacrônico que seja contar milhares de doentes por causa de um mosquito.

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