Por bferreira

Rio - A presidenta Dilma Rousseff convocou para hoje reunião a que comparecerão praticamente todos os governadores. É importante que se discutam os rumos do país com as lideranças nos estados, dada sua influência. E o cenário atual pede união de esforços e diálogo. O Planalto amarga impopularidade como há muito não se via; o Congresso prepara ‘pauta-bomba’ na volta do recesso; a economia ainda titubeia, com mais arrocho; o dólar torna a subir, e a sociedade civil organiza nova leva de protestos para agosto.

O colégio de governadores oferece larga experiência em gestão e possui ampla variedade de visões políticas, componentes vitais para a condução de uma república. E primordiais neste momento de estranhamento entre os poderes.

A presidenta espera obter dos governadores apoio para a nova rodada do ajuste fiscal e para amainar os ânimos na Câmara dos Deputados e no Senado. É provável que se anuncie um ‘pacote de bondades’ aos estados — algo comum no tabuleiro político, ferramenta legítima e às vezes necessária.

A reunião de hoje pode não ser a panaceia para todos os problemas do país — em verdade, nem deve se esperar tanto —, mas tem capacidade de dissipar a névoa que cega a visão das autoridades e atrai a nação para um lodaçal de incertezas.

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