Por thiago.antunes

Rio - Educação é a construção global do homem, sua razão, consciência e valores, o que o faz realmente humano. É o caminho único para a realização da identidade e da dignidade nacionais, da plenitude dos direitos humanos e da cidadania com garantias de liberdade e de igualdade, condições imprescindíveis às conquistas pessoais e profissionais sob o império da lei e da ética. Educação é desenvolvimento.

A ONU proclamou em 1986 o desenvolvimento como direito humano inalienável. A pessoa humana é o sujeito central do desenvolvimento, processo de ampliação das liberdades reais de que as pessoas gozam, atrelado à necessidade de eliminação de restrições que lhes são impostas por circunstâncias que reduzem suas escolhas racionais.

A capacidade de realização das pessoas depende de oportunidades econômicas e de liberdades políticas, do estímulo às suas iniciativas, do acesso à Educação e para um mundo que é outro a cada dia.

Na Constituição de 1988 o desenvolvimento foi elevado a valor supremo e a objetivo fundamental da República, ao lado da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, da erradicação da pobreza e da marginalização, da redução das desigualdades sociais e regionais e da promoção do bem de todos.

A Educação e o desenvolvimento reais estão longe do sonho constitucional. Somos incapazes de ser o que somos capazes de dizer? Erros são lições de futuro, se errarmos sobre Educação erraremos de século. Para Mandela, a Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo. Não é este o Brasil que queremos.

Temos alunos do século 21 e Educação com imperfeições do século 20. Em tempos de sociedade colaborativa continuamos flutuando entre as sociedades da disciplina e do desempenho individual.

Temos que formar pessoas que façam coisas novas e não repitam erros, focando a Educação em excelência acadêmica, inovação e habilidades para a vida e para o trabalho: sem excelência não há futuro, sem colaboração não há excelência. Somos senhores do nosso destino, não escravos de nossas circunstâncias, capazes de realizar a nossa utopia, a pátria verdadeiramente educadora. Panta rei.

Ruy Chaves é diretor da Estácio e da Academia do Concurso


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