Rio - A Polícia Civil deve quebrar o sigilo de 30 perfis que participaram do ataque racista à atriz Taís Araújo. Em sociedades civilizadas, jamais se registrariam ofensas tão vis e tão rasteiras a quaisquer cidadãos. Ainda que faltasse o respeito, haveria a lei, pronta para localizar e punir rapidamente os agressores.
O Brasil está, felizmente, aperfeiçoando seus mecanismos para chegar ao primeiro patamar — o de não deixar racistas impunes. A polícia tem as ferramentas e o arcabouço jurídico necessários para identificar os autores das mensagens, e a Justiça se encarrega das punições previstas. Só assim será possível alcançar o segundo estágio.
Lamenta-se muito persistir um comportamento intolerante, travestido de piadista, mesmo depois da repercussão de casos semelhantes — Maria Júlia Coutinho já foi vítima das agressões. O Brasil não pode tolerá-los, da mesma forma que tem de punir a violência contra a mulher e a intolerância religiosa. Punição exemplar é o caminho para desbaratar quadrilhas de ignorantes.