Por bferreira
Rio - O episódio da agressão contra uma juíza que fora ao Batalhão Prisional de Benfica, onde maus policiais se encontravam detidos, parecia a gota d’água na série de absurdos observada na unidade, famosa pelas ‘regalias’ aos internos. Transferiram-se os presos para Niterói, em operação que sugeriria austeridade. Nada mudou, no entanto, pelo que se viu esta semana em nova vistoria nas carceragens.
Dezenas de celulares (alguns deles escondidos), pipas, DVDs e material para churrasco e feijoada foram alguns dos itens encontrados na primeira varredura — fora a boa-vontade com os presos, como a ausência de cadeados, o controle frouxo de visitas e a realização de procedimentos dentro das celas, em clima bem amistoso.
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Prometem-se novas inspeções, mas é justo perguntar se farão sentido ou se serão eficazes. A sequência de episódios deixa claro que o problema não é mais de fiscalização, mas de disciplina. É preciso saber agora se a camaradagem é fruto de incompetência ou de conivência.