O país vive delicado cabo de guerra cujos extremos usam todas as forças que têm, e nem todas são legítimas
Por bferreira
Rio - O ministro Edson Fachin interrompeu, em caráter liminar, o tonitruante processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff que corre na Câmara dos Deputados. Caberá ao Pleno do Supremo, esta semana, ratificar as regras do jogo. Decisão sábia do magistrado, que muitos equivocadamente interpretam como intromissão em questão vital à nação.
O país vive delicado cabo de guerra cujos extremos usam todas as forças que têm, e nem todas são legítimas. Eduardo Cunha, de um lado, lança mão de todas as prerrogativas da presidência da Câmara para puxar a corda para si. O Planalto, por sua vez, tentou compor comissão afável a Dilma, no que saiu perdendo. E sobram gritaria e manobras para prevalecer sobre o outro.
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Felizmente, o Supremo está alerta e ditará o que pode ser feito nos próximos passos. É democrático um país passar por um processo de impeachment, mas também o é a envolvida ter toda a defesa e ser julgada pelo que fez de concreto, não por ilações ou conveniências.