Felipe Peixoto: Dez minutos que podem salvar muitas vidas
É preciso combater o transmissor da zika, um velho conhecido: o mosquito Aedes aegypti
Por bferreira
Rio - Em abril, a circulação do zika vírus foi confirmada no estado. Até então, a maioria dos casos sequer apresentava os sintomas, mas a recente confirmação da associação do vírus ao aumento de casos de microcefalia acendeu o alerta em todo o território nacional e fez com que a Organização Mundial de Saúde emitisse alerta mundial.
Enquanto estudos são conduzidos para aprofundar as informações, é preciso combater o transmissor da zika, um velho conhecido. Desde o início do século 20, o mosquito Aedes aegypti desafia autoridades.
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Hoje, problema se mostra semelhante ao que se enfrentou no passado e sua solução, também: a mobilização é a única forma de combatê-lo. No Rio, mais de 80% dos focos estão localizados em residências. Isso significa que você, seus vizinhos e amigos têm papel essencial.
Neste mês, lançamos a campanha ‘10 Minutos Salvam Vidas’: a ideia é incentivar a população a usar 10 minutos da semana para eliminar possíveis focos. Para as gestantes, as orientações incluem evitar a exposição em horários de maior atividade do mosquito — logo no início da manhã e no fim do dia, assim como o uso constante de repelentes e de roupas que protejam o corpo.
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Além de conscientizar e fornecer informações, o poder público deve se mobilizar para estabelecer ações de vigilância. No Rio, logo após o Ministério da Saúde decretar situação de Emergência devido ao aumento de casos de microcefalia no país e à investigação da ligação destes casos com o zika vírus, publicamos decreto determinando a obrigatoriedade de notificação de casos de gestantes com manchas vermelhas na pele. Também passamos a monitorar, desde junho, a síndrome de Guillain-Barré.
Estatísticas são fundamentais para a formação de uma base de dados que vão direcionar as ações de enfrentamento. Estamos produzindo material informativo e promovendo a troca de experiências com profissionais de saúde do estado, municípios e rede privada, além de instituições de pesquisa e a classe médica. Até o fim do mês, daremos início à distribuição de carros para reforçar as frotas de 91 municípios do estado para apoio ao combate às endemias. Juntos, sociedade e poder público têm pela frente um grande desafio, que só será superado se todos trabalharem com o mesmo objetivo.