Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - É aqui e agora. Enquanto escrevia isto, o tempo passou e não gerei nenhum post. Não curti, cutuquei, comentei nem compartilhei. O imediatismo é visto por muitos como vilão das ações estratégicas bem embasadas e executadas. Mas, como em tudo na vida, ele pode ser bem ou mal visto e utilizado.
Pode-se gerar peças publicitárias ou textos jornalísticos num curtíssimo período de tempo com qualidade, ou sem. Com pesquisa fundamentada ou com informações superficiais. O fato é que o tempo se torna cada vez mais um bem raro.
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Acordar, se aprumar, cuidar da casa e dos filhos, trabalhar, estudar, professar uma fé... tudo isso acontece em paralelo com o surgimento de miríades de ferramentas de comunicação. E estar conectado a tudo isso, com pleno domínio, não é tarefa para qualquer um. São caixas para textos, fotografias, vídeos. Postagens que permanecem ‘ad eternum’ ou somem depois de algumas horas. Sistemas operacionais, programas e aplicativos variados.
Enquanto alguns colegas enxergam demônios personificados em forma de mídias sociais, vejo possibilidades. Somos, afinal, contadores de histórias. E poder contar nossas histórias, sejam elas da vida real ou ficção, sem censura ou edição, não é nada mau. E, além disso, poder fazer no tempo que quisermos ou dispusermos cai ainda melhor. A solução é treinar a mente para que ela consiga assimilar e trabalhar de forma eficiente todos os estímulos recebidos e transformá-los em material interessante.
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Canais e programas alternativos ganham credibilidade mercadológica, e aos comunicólogos a opção é entender logo esse movimento, partir para o ataque, se reinventar e aprender a utilizar as novas ferramentas.
Nas mídias sociais — espaços democráticos onde cada um expõe suas verdades e vontades —, lemos, sim, pencas de boçalidades, mas a quantidade de boas ideias, ações louváveis e informações produtivas é infinita. É um imenso mar onde podemos lançar nossa rede e pescar o que nos interessa. Ou simplesmente continuar rolando a página e seguir em frente. E tudo isso com um clique ou arrastar de dedos.
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Amanda Dantas é jornalista