Por pierre

O encerramento da Olimpíada e o início da campanha para a prefeitura devem servir como oportunidade para importante debate sobre como ampliar de forma mais efetiva o potencial turístico da cidade, trazendo mais visitantes estrangeiros e divisas.

Nossos aeroportos estão mais bem estruturados, nossa rede hoteleira cresceu e se diversificou, nossainfraestrutura de transportes públicos teve desempenho acima das expectativas, a segurança pública esteve longe de representar o problema que todos temiam, e o atendimento oferecido pelos nossos prestadores de serviços em geral foi considerado simpático e atencioso.

Estimativas preliminares indicam que o Rio recebeu 500 mil turistas estrangeiros. Esse número é próximo dos alcançados por Londres, em 2012, e Pequim, em 2008, mostrando que se está trilhando um caminho correto.

No entanto, há um caminho a ser percorrido, levando em conta que em ranking recente da empresa de consultoria Euromonitor, o Rio ocupa apenas a 80ª posição entre as cidades mais visitadas do mundo. Isso é muito pouco, ainda mais considerando que o Rio aparece atrás de outras cidades latino-americanas como Buenos Aires, Lima, Cidade do México, Cancún e Punta Cana. É preciso estabelecer a meta de transformar a cidade no principal destino da América Latina.

E é aí que a faz necessária a criação de agenda de trabalho pelo nosso próximo prefeito com os objetivos de incrementar o volume de turistas recebidos, aprimorar a qualidade da sua experiência na cidade e aumentar o seu volume de gastos durante a visita.

Isso envolve a estruturação e diversificação da oferta de pacotes de serviços turísticos bem como do calendário de eventos. Não é possível contar apenas com Carnaval e Réveillon. Além disso, é fundamental implementar extensa agenda de qualificação da força de trabalho no que diz respeito à qualidade de atendimento e proficiência funcional em idiomas. Por fim, é necessário criar planos de marketing e comunicação para promover adequadamente a cidade.

O próximo prefeito do Rio terá a grande responsabilidade de zelar pelo ‘legado olímpico’, buscando oportunidades de atração de divisas para desenvolvê-lo. É importante que o tema seja discutido no debate eleitoral.

Eduardo Halpern é coordenador de Graduação do Ibmec-RJ

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