Por bianca.lobianco

Rio - O corpo de Adriana Moura da Rocha Machado, de 43 anos, foi sepultado no cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira. A mãe da vítima, Solange Rocha, estava sendo amparada por parentes e não quis falar com a imprensa sobre o crime que chocou o país. Amigos e familiares deixaram flores no local.

Amigos contam que Adriana era muito amiga e só pensava na filhaReprodução

O primo de Adriana disse que falou com ela na semana de sua morte. "Ela estava alegre, animada. Estava fazendo salgadinhos e docinhos para vender, como de costume".

A vítima era testemunha de Jeová e durante o sepultamento, o pastor fez uma oração pedindo a Deus que confortasse o coração de todos.
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A tia da mulher disse que a filha, a adolescente de 17 anos que confessou ter matado a mãe, merece punição pelo crime cometido. "Isso é um crime bárbaro e ninguém no universo deve cometer tal barbárie", afirma. Ela também comentou que mãe e filha eram amigas. "Elas iam ao cabeleireiro juntas, iam à praia", acrescentou.
Filha matou e queimou o corpo da mãe
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O corpo de Adriana foi encontrado num terreno em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no dia 25 de maio. A adolescente de 17 anos é praticante de muay thai e usou um "mata-leão" para enforcar a mãe em casa, no Cachambi, na Zona Norte.
De acordo com a polícia, a jovem teve a ajuda do namorado, Daniel Duarte Peixoto, de 21 anos. Ele usou um saco plástico para sufocar a vítima e depois ajudou a jovem a queimar e esconder o corpo. Os dois namoravam há quatro meses.
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"Ela é fria e calculista. Na investigação foi provado que ela planejou o crime por conta da mãe não aprovar o relacionamento e por um seguro de R$ 15 mil", disse o delegado Antônio Ricardo Nunes, titular da 32ª DP (Taquara). Ainda segundo ele, há duas motivações para o crime: o fato de Adriana desaprovar o relacionamento da filha e um seguro de vida no valor de R$ 15 mil em nome da adolescente.
Daniel e a menor queimaram o corpo na própria casa antes de abandoná-lo num terreno em Duque de Caxias. "Os dois confessaram o crime. A jovem deu um golpe 'mata-leão' na mãe, que dormia", afirmou o delegado.
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No dia seguinte ao crime, a jovem foi até a delegacia registrar queixa do desaparecimento da mãe. Após investigações, o delegado pediu a quebra do sigilo telefônico do casal e viu imagens de câmeras de segurança. As provas mostraram que a versão da jovem era contraditória e no quarto depoimento os dois confessaram o assassinato.
Colaborou Larissa D'Almeida
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